domingo, 14 de agosto de 2022

PROJETO ALVARINS - EXPOSICÃO ARTE NA ESCOLA

   Projeto criado por mim, Maria de Fátima Vieira Martins,  para que alunos de toda escola possam demonstrar seus talentos em qualquer forma de arte e cultura. 

   Com exposição no ambiente escolar para que seja apreciado, não tem como objetivo competição e sim, descobrir o talento de cada um. 

   O nome do projeto é para homenagear o poeta cearence Álvaro Dias Martins, conhecido como Alvarins. Foi membro da Academia Cearense de Letras. 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

VAMOS LAVAR AS MÃOS!

 MÚSICA LÚDICA PARA ENSINAR COMO AS HEPATITES VIRAIS PODEM SE PROPAGAR.

ESTA COMPOSIÇÃO DE MINHA AUTORIA FAZ PARTE DO PROJETO DE PESQUISA DA MESTRANDA GABRIELA LOUZADA PARA SER APRESENTADO A FIOCRUZ E SERÁ POSTADO NO SITE EDUCARE PELA MESTRANDA. https://photos.app.goo.gl/KKeUTuavF1cVgPgq8


Youtube : https://youtu.be/Hy6213emNMk

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https://youtu.be/Hy6213emNMk

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

GÊNERO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

 

                 GÊNERO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

     Apesar da secretaria especial de políticas para mulheres ter status ministerial, não consigo vislumbrar melhorias significativas.

     Na maioria dos estados e municípios as secretarias tornaram-se subsecretarias diminuindo assim o pseudo poder dado as mulheres. Avanços ocorreram, mas, de maneira pontual pois, o que vemos são poucas mulheres como representantes nos governos Federal, Estadual e Municipal. Temos como exemplo a Lei Maria da Penha (Lei 11340/2006) sancionada após a mulher que deu o nome a mesma ter sido tão violentada e agredida em sua dignidade e em seu corpo ao ponto de estar hoje em uma cadeira de rodas. Ela é uma sobrevivente pois, mesmo após diversas denúncias o Estado não garantiu a ela a segurança enquanto mulher ameaçada e depois tendo seu direito de ir e vir limitado a quatro rodas.

      Grande parte de mulheres agredidas dependem de conviver com seus algozes e, no meu entendimento, após a primeira agressão física, a mesma deveria fazer um BO ou RO e ser incluída no Programa de Proteção.

      A mulher sofre Importunação Sexual, Assédio Sexual, que ferem a sua dignidade humana mas, na hora de provar se torna difícil e muitas desistem de denunciar pois, parte deles ocorrem no ambiente de trabalho sendo o importunador e/ou assediador ter uma posição hierárquica superior à da mulher que foi submetida por ele. Além de muitas terem “vergonha” de denunciar pelo fato de depois passarem por situações como: “isto é roupa de sair? Usa maquiagem demais parece uma p************. Vai dizer que não gostou da cantada? Entre outras acusações que geralmente partem de colegas de trabalho ou de familiares gerando assim um grande número de mulheres depressivas.

      O disque 180 é um avanço, mas ele por si só não garante, após os trâmites legais que o agressor irá cumprir com a ordem da justiça e, como a impunidade impera no país ele retorna e mata a mulher deixando crianças órfãs com sérios problemas emocionais, educacionais, sociais entre outros. São os filhos da pátria sem mãe nem pai sobrando para os avós ou tios e tias o papel que caberia a família principal equilibrada cuidar. (pai e mãe).

     As mulheres das camadas mais pobres da população, moradoras de comunidades, com pouca instrução e jovens são as que mais sofrem com isso, no caso porque tem filhos com pouca idade e diversos, geralmente 3 ou mais e cada um de um pai diferente, não tendo cuidado na escolha dos parceiros e sem fazer uso de métodos contraceptivos podendo, além de engravidar se contaminarem com doenças transmitidas por via sexual. Muitas trocam de parceiro como trocam de roupa e não é por falta de informação nem por falta de preservativos pois, os mesmos são distribuídos em postos de saúde, por ONGs e outras entidades relacionadas a este assunto e, com o esfacelamento das Casas da Mulher Brasileira e a facilidade para o posse e porte de armas cada vez mais a mulher vai se tornando vítima do medo e os algozes cada vez mais fortes pois não temem a justiça.

     Estes retrocessos se dão por conta do “damismo” ideológico atual e pela diminuição das verbas destinadas à Política da Mulher, além da insanidade que impera no Ministério dos Direitos Humanos. (para quais humanos?)

     O esforço horizontal através de ações práticas, geralmente advindos de orçamentos participativos, conferências entre outros atos está, de certa forma, implementando a “transversalidade de gênero” nas políticas públicas dando um pouco de visibilidade a diversas causas que muitos fingem não ver como nos casos de racimo e homofobia criando assim documentos que podem aprimorar e ajustar condutas na Políticas Públicas com acompanhamento, pesquisa e avaliação de resultados mas, será que na prática estes resultados se tornarão Lei de Proteção? Será que políticos tornaram transparente estes resultados? Teremos leis mais severas para os algozes das minorias?

     Cooperação, cultura e Educação familiar deveriam caminhar juntas para que algo concreto aconteça, estes temas deveriam ser trabalhados nas escolas, com cuidado, e com bases sólidas na formação de nossos alunos que serão os adultos do futuro. No entanto, o professor/a que “fala sobro o tema em sala de aula” poderá vir a ser perseguido por pais que não entendem a importância de certos temas na vida de filhos, pessoas religiosas ortodoxas de fora e de dentro da escola passam a olhar este Educador como um ser subversivo de esquerda e podem ter suas carreiras no magistério interrompidas por conta deste retrocesso provocado por certas alas religiosas.  

     A desigualdade de gênero faz com que a mulher brasileira fique sobrecarregada em todos os aspectos, por ser mãe solteira ou mesmo, as casadas trabalham fora de casa e dentro de casa sem a colaboração de seus parceiros fazendo com que jovens que poderiam se dedicar mais aos estudos sejam “ajudadores do lar”. Poucos são os homens que colaboram com suas companheiras em casa nos afazeres domésticos.

     No âmbito político, a participação feminina ainda é ínfima e, no meu entendimento em todos cenários, seja ele Federal, Estadual e Municipal, a presença da Mulher deveria ser de 50% em relação ao número de parlamentares, vereadores, senadores, etc.

     Na área de trabalho, mesmo as mulheres tendo um nível de escolaridade maior do que dos homens em muitos locais elas tem menor participação em cargos de relevância além do salário menor e a dupla jornada de trabalho.

      Creio que se tratássemos todos como SERES HUMANOS não necessitaríamos de Leis Específicas para SERES HUMANOS que são considerados minorias.

 

Professora Maria de Fátima Vieira Martins – FME


Texto enviado para UFF após curso online

sábado, 22 de agosto de 2020

AMOR RIMA COM FLOR

 https://youtu.be/DQFUBaHDeLw


Música composta por mim para auxiliar no trabalho com meu aluno que está reaprendendo a verbalizar. 

Gratidão 🏵️

domingo, 19 de abril de 2020

Fátima Conta e Canta histórias infantis

https://youtu.be/HXYNZXVOhKQPrograma Fátima Canta e Conta criado no dia Nacional do Livro Infantil. Basta clicar no link e você será direcionado para a história: O Menino Azul de Cecília Meireles.
Boa leitura!!!!
Se inscrevam no meu canal e acessem o sininho de notificações e cada vez que eu postar um vídeo novo você será avisado. #Gratidão ❤️💙
https://youtu.be/HXYNZXVOhKQ

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

ALUNO COM TEA E SUA INCLUSÃO EM TURMA REGULAR DE ENSINO PRÉ-ESCOLAR - Artigo apresentado na Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional e TGD



ALUNO COM TEA E SUA INCLUSÃO EM TURMA REGULAR DE ENSINO PRÉ-ESCOLAR

Maria De Fátima Vieira Martins



RESUMO
Este artigo analisou o trabalho do professor de turma regular de ensino e a inclusão de aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras comorbidades. O trabalho produtivo do aluno vem acompanhado de perto de professor de apoio especializado que faz as intervenções necessárias durante as atividades. A pesquisa foi realizada numa instituição municipal de ensino público da cidade de São Gonçalo no Estado do Rio de Janeiro e foram     utilizadas como metodologias: observação do trabalho em sala de aula, entrevistas com professores da rede pública e com   profissionais da instituição aonde o aluno tem   acompanhamento como fisioterapia e fonoaudiologia, além de informações dos familiares. A partir da análise, podemos sintetizar diversos enunciados e a complexidade da inclusão em uma escola regular de ensino. Existem três temas de grande importância para o aluno TEA que devem ser respeitados: Construção de vínculos sócioafetivos; tempo de aprendizagem e o tempo limite no exercício de suas atividades. Este estudo questiona significados atribuídos ao trabalho de professores e   funcionários em relação ao aluno com TEA possibilitando pensar   formas de inclusão e “exclusão” dentro do ambiente escolar e a importância do conhecimento sobre inclusão por parte de todos os profissionais que atuam na unidade.
Palavras-chave: Trabalho, Professor, Inclusão, TEA.












ABSTRACT

This article analyzed the work of the regular classroom teacher and the inclusion of students with Autism Spectrum Disorder (ASD) and other comorbidities. The productive work of the student is accompanied by close to a teacher of specialized support who makes the necessary interventions during the activities. The research was carried out in a municipal teaching institution in the state of Rio de Janeiro and were used as methodologies: interviews with teachers in the public network and with professionals from the institution where the student has follow-up such as physiotherapy and phonoaudiology, in addition to family information. From the analysis, we can synthesize several statements and the complexity of inclusion in a regular school of education. There are three topics of great importance for the TEA student that must be respected: Building socio-affective bonds; learning time and time limit in the exercise of their activities. This study questions the meanings attributed to the work of teachers and staff in relation to the student with ASD, making it possible to think of ways of inclusion and "exclusion" within the school environment.

Keywords: Work, Teacher, Inclusion, TEA.




























Dedico este trabalho a Deus que me deu vida, saúde e sabedoria para trabalhar com o que amo. Sou uma professora de bem com a vida.
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” Paulo Freire

Introdução

A inspiração para este artigo surgiu após assistir nas redes sociais um vídeo onde diversas crianças e adolescentes com TEA mandavam recado para seus professores sobre seus anseios, seus sintomas e deixando bem claro o que os incomodava dentro da sala de aula regular de ensino. Fica nítido em cada fala o desabafo de cada um.
Estes pequenos internautas vivem em seus lares e vizinhança um preconceito, mesmo que velado, mas alguns percebem e isto, pode provocar em alguns deles uma angústia pelo fato de perceberem que são “um pouco diferentes” dos demais, principalmente por conta de seu comportamento fora dos padrões determinados pela sociedade em que vivemos.
Baseada em suas falas iniciei minha pesquisa no cotidiano escolar de um aluno com TEA, propondo algumas questões como: Desafios em relação ao aprimoramento e preparo dos professores e profissionais que atuam no ambiente escolar e desconhecem ou pouco sabem sobre os alunos com NEE e, no caso específico deste artigo, alunos com TEA. Limitei a problemática a uma escola regular de ensino de educação infantil e ensino fundamental I que recebe em alunos especiais, desde que o mesmo seja acompanhado de um “professor de apoio especializado”.
Nosso objetivo é compreender a construção pedagógica por pessoas com TEA, o trabalho do professor regente da turma e da inclusão do aluno em atividades produtivas e a maneira como este professor interage com este aluno. Existe realmente a inclusão? Entendemos que esta observação foi feita apenas em uma unidade, mas com uma função. A análise não busca interpretar uma constante dentro da sala de aula, mas sim, mostrar a necessidade de uma preparação, de uma especialização e de uma busca maior de conhecimento por parte dos profissionais que atuam em escolas regulares com inclusão. Dar condições de conhecimento através de palestras, cursos e seminários torna   possível uma melhor compreensão das atitudes diferenciadas dos alunos com TEA.

Iniciaremos apresentando algumas características do TEA, o campo de pesquisa e as análises a partir dos materiais produzidos nas observações e entrevistas informais e nas interações descritas na metodologia utilizada em nosso estudo.


                “A educação é um direito de todos e é dever do Estado e da família. Será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Constituição de 1988.


TIPOS DE TEA E A IMPORTÂNCIA DA MEDICAÇÃO
1.    Autismo ou síndrome de Kanner, que recebeu este nome do médico que estudou e descreveu essa condição na década de 1930.
Neste caso, a conexão emocional com os outros é limitada e, na maior parte do tempo ficam imersos em seu próprio mundo, demonstrando   comportamentos repetitivos, se moverem para frente e para trás por longos períodos, além de apresentarem sensibilidade a estímulos externos, como sons, luzes e ruídos específicos e, por outro lado insistem no uso de certos roupas, cores ou objetos sem qualquer razão aparente.

2.    Síndrome de Asperger é o mais complicado de diagnosticar porque esses alunos/pacientes possuem uma inteligência média (alta), seu maior déficit está no campo das habilidades sociais e no comportamento, o que geralmente comprometem seu desenvolvimento e integração social e ocupacional. Apresentam deficiências na empatia, em alguns casos má coordenação psicomotora, não compreendem ironias ou duplo sentido da linguagem e são obcecados por certos assuntos e apresentam “ecolalia”. A disfunção dos circuitos cerebrais   afetam   as amígdalas, o lobo frontal e o cerebelo, que são cérebro envolvidas no desenvolvimento do relacionamento social. PS: Atualmente, o nome Asperger está em desuso.


3.    Transtorno Desintegrador da Criança, mais conhecido como Síndrome de Heller afeta áreas da linguagem, função social e habilidades psicomotoras, mas de maneira súbita e regressiva, levando o aluno/paciente a conhecer o problema. Podem ter um desenvolvimento normal até 2 anos, e após este período iniciam-se os sintomas. No entanto, este distúrbio é 10 a 60 vezes menos frequente do que o autismo, apesar da gravidade do seu prognóstico

4.    Transtorno Generalizado do Desenvolvimento não especificado. Os sintomas clínicos apresentados são heterogêneos e não se encaixam completamente nos três tipos anteriores, sendo assim, o diagnóstico de "transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado" é utilizado, ou simplesmente TGD. 
O aluno/paciente apresenta um déficit de reciprocidade social; graves problemas de comunicação e interesse por atividades peculiares e estereotipadas. 


         QUANDO O MEDICAMENTO É NECESSÁRIO?
      
Para reduzir o excesso comportamental como:  hiperatividade, estereótipos, psicose, distúrbios do sono, fobia, entre outros. A dosagem   deve ser acompanhada somente por parte dos profissionais e responsáveis pelo aluno/paciente, pois os remédios trazem progressos   para a qualidade de vida da criança e/ou adolescente, como: estímulo visual e socialização.

                            Segundo Sassaki, "em princípio até então considerados incomuns, como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana e a aprendizagem através da cooperação” (Sassaki, 1997, p. 41).

O ALUNO COM TEA E SUA CONVIVÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR

Crianças com TEA, devem ser colocadas nas escolas desde os primeiros anos de vida para que tenham convívio com crianças que não possuem o TEA. Nem todas as escolas que lidam bem com a inclusão, por isso o ideal é buscar um colégio onde já exista um histórico de inclusão bem sucedida, onde os profissionais que irão manter um contato direto com o aluno estejam realmente aptos a exercerem este papel que para ambos é um desafio pois, a socialização, a convivência com outros colegas pode ser prazerosa mas também pode ser um momento difícil. No entanto, a trajetória escolar será de grande importância para o seu desenvolvimento.
“Segundo uma pesquisa realizada por alunos de psicologia da Universidade de São Paulo, os mesmos concluíram que crianças que tiveram contato com outras crianças portadoras de deficiência, desenvolveram atitudes tolerantes, respeito ao próximo e o uso do diálogo” logo, cabe ao professor regente, ajudar o aluno com TEA e colaborar com o professor de apoio especializado.
Alguns alunos apresentam dificuldade de aprendizado, enquanto outros, como no caso do aluno objeto do estudo apresenta um bom desenvolvimento na parte cognitiva, desenvolvendo um conhecimento mais “rápido” que alguns alunos da mesma turma e mesma idade ( o mesmo reconhece as cores, os numerais de 1 a 14, reconhece as vogais e algumas consoantes), sabe o nome de todos os colegas da turma, das professoras, de grande parte dos funcionários da unidade escolar e pede para ir ao banheiro, isto é, já tem controle dos esfíncteres) mas, quanto ao desenvolvimento  emocional e social apresenta um atraso em relação aos colegas. A concentração é menor e limitada ao seu tempo dificultando assim a realização de algumas tarefas como por exemplo, ouvir a professora e realizar o que ela está solicitando. Por exemplo: ele não fica em silêncio e não para de se movimentar, “bate na mesa” e, repetidamente fala a mesma frase (ecolalia), enquanto a mesma está lendo uma história infantil para que, a partir daí, eles façam o trabalho planejado para aquele dia de aula.
Durante o período de observação percebi que a professora regente possui pouco conhecimento em relação a alunos com NEE, e neste caso específico com TEA, não tendo muito traquejo ao lidar com o aluno. A mesma, mesmo sem querer, segregava o aluno em sala de aula pois, o mesmo ficava sentado isolado com a professora de apoio especializado em uma mesa separada dos demais alunos e quando os colegas pediam para sentar-se ao lado dele, a mesma não permitia. Como forma de compensação o aluno criou uma amiga “Marcele”, uma boneca que a professora de apoio especializado colocava sobre a mesa e então o aluno fazia algumas atividades interagindo com sua amiga inanimada substituindo assim um colega que poderia estar interagindo com ele, mas isto era impedido pela professora regente, que demonstrava assim um desconhecimento de como lidar “com seu aluno diferente”. A presença da professora de apoio de certa forma também “incomodava” a professora regente pois, a mesma demonstrava um bom conhecimento sobre alunos NEEs e a professora regente, por se achar “superior” se constrangia com a presença da colega e não colaborava muito quando o aluno estava mais agitado e, algumas vezes, agressivo, apresentando um comportamento até hostil com a professora de apoio que, nestes casos, retirava o aluno da sala de aula para que o mesmo se acalmasse, o levando para outros ambientes como: a quadra poliesportiva, o parquinho e para alguns espaços comuns da escola, o que de certa forma fazia com que outros profissionais da unidade como por exemplo: o dirigente de turno, não compreendesse a atitude da professora, demonstrando assim que, o despreparo em relação aos alunos NEEs é uma realidade dentro do meio escolar.
Durante as aulas de Educação Física, recreio e a hora do lanche, o aluno apresentava um comportamento muito bom em relação a todos, inclusive cumprimentando as funcionárias do refeitório chamando-as pelo nome; demonstrava grande alegria, as vezes, euforia excessiva pelo fato de estar junto a outras pessoas, aos colegas, funcionários, inspetores, e direção da escola, mas não gostava de alguns funcionários que, de alguma maneira, ele percebia que sua presença incomodava.
Quanto aos pais, os mesmos informaram que, após a ida do aluno para a unidade escolar, o mesmo teve um bom desenvolvimento social, cognitivo e motor, sendo gratos a professora de apoio especializado a quem o aluno tem grande apreço, chegando ao ponto de, nos finais de semana, colocar o uniforme e pedir para ver a “tia ............ do colégio”.



CONCLUSÃO
O aluno com TEA tem a necessidade de construir vínculos sociais, afetivos, educacionais que levará para a vida adulta. Para que isto ocorra, além da participação efetiva da família e dos profissionais envolvidos como: médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros, se faz urgente e necessária a preparação, a especialização e a complementação de estudos tanto dentro das Universidades, como dentro das unidades escolares por todos os profissionais envolvidos na vida escolar diário do aluno NEE. A falta de preparo se torna nítida em certos comportamentos de profissionais da área, principalmente dos professores que estão diante desta realidade. A falta de conhecimento e o desinteresse de alguns desses profissionais faz com que o trabalho do professor de apoio especializado dentro da unidade escolar se torne solitário. Por vezes, nem o profissional da sala de recursos quer dar um atendimento melhor ao aluno com TEA por conta de suas atitudes descontroladas como pular, rodar, repetir a mesma frase diversas vezes e sua baixa concentração.
Não quero trazer uma conclusão, mas uma reflexão sobre o aperfeiçoamento que se faz necessário para os profissionais que atuam na área da Educação em todos os níveis. As faculdades de Pedagogia poderiam enfatizar mais a disciplina de Educação Especial e as escolas deveriam promover mais palestras e seminários e até mesmo incentivar os cursos de Capacitação na área para que todos que atuam dentro da escola possam lidar melhor com esta realidade.  O aluno especial não é diferente, ele é um ser humano que tem potencial de aprendizagem e pode alcançar patamares maiores em sua vida desde que haja boa vontade da parte dos profissionais envolvidos, compreensão e principalmente conhecimento.

Referências bibliográficas:
Brasil (1993a). Decreto nº 914, de 06 de setembro de 1993. Institui a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Diário Oficial da União, Seção 1, Brasília. Recuperado de https://goo.gl/H3OgKv [06 maio 2013]
Brasil (1999). Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm [12 janeiro 2017]
Farrell, Michael (2008) Dificuldades de Comunicação e Autismo. Porto Alegre, Artmed Editora

Higashida, Naoki (2014) O que me faz pular. Japão, E-book
Oliveira, A. A. S., & Leite, L. P. (2002). O papel da educação especial no sistema educacional inclusivo. Diário de Marília, Marília, 24 outubro.
Sassaki, R. K. (1997). Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO


NOME DO ALUNO: ...............................................

DATA DE NASCIMENTO: ...................................   

FILIAÇÃO: ........................................................ 

ESCOLA MUNICIPAL .....................................

TURMA: GR2D      TURNO: TARDE      ANO LETIVO: 2014

NECESSIDADE ESPECIAL: DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E HIPERATIVIDADE

ENCAMINHAMENTO: .........................................................

ACOMPANHAMENTO CLÍNICO: PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA

MEDICAÇÃO: .....................................................

PROFESSORA DE APOIO ESPECIALIZADO: MARIA DE FÁTIMA VIEIRA MARTINS



DESCRIÇÃO DO ALUNO:

           

            O aluno, no início do ano letivo, apresentava grande dificuldade de atenção e concentração e  falta de limites de comportamento, se atirando no chão e correndo quando se sentia contrariado mas, gradativamente vem apresentando uma melhora. Nas aulas de francês tem um comportamento exemplar e também se adaptou bem as aulas de artes.

            Apesar de continuar inquieto, atualmente presta atenção às atividades que lhe são propostas em sala de aula pela professora regente e melhorou sua organização pessoal, apesar de não possuir nenhum material escolar que foi doado pela escola. Já estabelece vínculos sociais produtivos em sala de aula e convive bem nas aulas de educação física, inclusive interagindo com alunos de outras turmas; segue as regras dos jogos e atividades propostas pelas professoras de educação física e vem demonstrando interesse por outros esportes. Gosta de participar das atividades físicas com outras turmas e observei que os colegas não fazem distinção/discriminação por ele ser especial.

            Apresenta interesse por política e sempre fala sobre os debates dos candidatos, inclusive informando os canais de TV preferidos e  está aprendendo a utilizar o computador, com auxílio, na sala de recursos; gosta de representar olhando-se no espelho, consegue decorar pequenos textos, tem memória visual, mas sua audição me parece um pouco comprometida, pois o mesmo troca alguns fonemas. Gosta de reproduzir por exemplo: debates políticos e escreve no quadro como se ele fosse o professor. (foto) Atualmente está melhorando sua coordenação através de atividades visomotoras.

            Observei que após as refeições, principalmente o lanche, quando ingere alimentos que contém açúcar, o aluno fica mais agitado sentindo vontade de correr, como se fosse uma necessidade de queimar energia.(Glicose chegando rápido demais ao cérebro?). Seus batimentos cardíacos também são muito acelerados e ele já se queixou de sentir dor no peito.

            O aluno não consegue assistir filmes na sala de vídeo, tem muito medo de escuro e este fato me foi confirmado pela irmã mais velha neste caso, procuro administrar um tempo livre sem ansiedade.

            Continua apresentando flashs de palavras e/ou frases que lhe foram ditas com agressividade, fazendo com que o mesmo chore bastante e continua demonstrando grande carência no aspecto afetivo-emocional, mas atualmente o aluno tem se sentido mais seguro e alegre, pois queixava-se de que o irmão batia nele e foi quem destruiu parte de seu material escolar. Suponho que a família, atualmente, o está medicando de maneira correta. Seus pais estão separados, mas ele gosta muito de estar na companhia deles, principalmente do pai. A mãe, apesar de não ser muito presente, pois trabalha fora, ele  reproduz os gestos e a fala dela, me relatando fatos ocorridos no final de semana.  Sempre comparece a escola uniformizado e limpo.

            Ele é muito afetuoso com as pessoas que ele gosta e com as quais se sente seguro, comigo particularmente, ele é muito carinhoso, inclusive já chorou não querendo ir para casa para ficar comigo na escola. Já aprendeu a cumprimentar a todos utilizando: "boa tarde", "por favor" e "com licença", mas ao ver alguém, seja professora ou colega com alguma guloseima, pega sem pedir.  

            No mês de outubro, ele teve outra perda do autocontrole (a primeira vez foi no mês de março), mas observei que seu olhar ficou perdido, como se  estivesse realmente fora de si.

            Alcancei praticamente todos os objetivos traçados, exceto, em relação ao medo de escuro, neste caso, não obtive nenhum êxito.

            O aluno apresenta potencial de aprendizagem de forma lenta, gradativa, e é necessário que esteja sendo medicado e seu "tempo" respeitado.



A- PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL  INDIVIDUALIZADO:


1- OBJETIVOS:
- Dar limites de comportamento;
- Desenvolver o autocontrole;
- Criar vínculos sociais com os colegas de turma, professores e escola em geral;
- Alimentar-se com a colher e mastigar os alimentos (antes utilizava as mãos);
- Noções de higiene pessoal;
- Perder o medo de escuro:
- Estimular sua capacidade de atenção, concentração e raciocínio;
- Estimular a memorização, percepção visual, auditiva e agilidade;
- Melhorar sua coordenação motora fina;
- Melhorar sua coordenação motora geral;
- Reconhecer todas as letras do alfabeto;
- Escrever seu nome completo;
- Escrever palavras e pequenas frases;
- Separar sílabas;
- Reconhecer os numerais de 01 a 10;
- Realizar operações matemáticas (adição);
- Reconhecer algumas figuras geométricas;
- Utilizar tesoura; (foto)
- Reconhecer as partes do corpo humano e reproduzi-la;
- Utilizar o computador (digitação e uso do mouse).






                                              HABILIDADE:  COMUNICAÇAO  ORAL
REALIZA SEM NECESSIDADE DE SUPORTE
REALIZA COM AJUDA
NÃO REALIZA
NÃO OBSERVADO
1-Relata acontecimento simples de modo compreensível
       
          X
2-Lembra-se de dar recados após, aproximadamente, 10 minutos
        X
3-Comunica-se usando outro tipo de linguagem (gestos, comunicação alternativa)
       X
4-Utiliza a linguagem oral para se comunicar
         X





                                
                             HABILIDADES: LEITURA E ESCRITA
REALIZA SEM NECESSIDADE DE SUPORTE
REALIZA COM AJUDA
NÃO REALIZA
NÃO OBSERVADO
5- Conhece as letras do alfabeto
        X
6- Reconhece a diferença entre letras e números
        X
7- Domina sílabas simples 
       
        X
8- Ouve histórias com atenção
        X
9- Consegue compreender e reproduzir histórias
        X
10- Participa de jogos obedecendo regras em sala de aula
        
     
        X
11- Possui conceitos de cores primárias
     
         X
REALIZA SEM NECESSIDADE DE SUPORTE
REALIZA COM AJUDA
NÃO REALIZA
NÃO OBSERVADO
12- Utiliza vocabulário adequado a faixa etária
      
        X
13-Consegue escrever palavras simples
        X
14-É capaz de assinar seu nome
       
         X
15-Escreve endereços com objetivo de saber onde chegar
    
      X
16-Escreve pequenos textos e/ou bilhetes
     
      X
17-Escreve sob ditado
        X
18-Lê com compreensão pequenos textos
     
      X
19-Lê e segue instruções impressas (ex: transporte público)
       
         X
20-Utiliza habilidades de leitura para informações (ex: jornais e revistas)
       
        X





 
                                                                  
                                                                RACIOCÌNIO   LÓGICO  E INFORMÁTICA
               
REALIZA SEM NECESSIDADE DE SUPORTE
REALIZA COM AJUDA
NÃO REALIZA
NÃO OBSERVADO
21-Relaciona quantidade ao número
          X
22-Soluciona problemas simples
          X
23-Reconhece valores e preços dos produtos
         X
24-Identifica o valor do dinheiro
          X
25-Diferencia notas de moedas
          
          X
27-Dá troco quando necessário nas atividades realizadas em sala de aula
       X
REALIZA SEM NECESSIDADE DE SUPORTE
REALIZA COM AJUDA
NÃO REALIZA
NÃO OBSERVADO
28-Possui conceitos como: tamanho, formas geométricas, posição direita /esquerda;
        
          X
29-Reconhece a relação entre números e dias do mês (localização temporal)
       
         X
         
30-Identifica dias da semana
          X
31-Reconhece horas
        X
32-Associa horários aos acontecimentos
        
          X
33-Resolve operações matemáticas (adição) com apoio de material concreto
          X
34-Demonstra curiosidade.Pergunta sobre funcionamento das coisas
          X
35- Organiza figuras em ordem lógica
          X
36- Liga e desliga o computador
         
     
          X
37- Digitação
          X
38- Utilização do mouse
          X

 



2-  ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM O ALUNO:
- No início do ano letivo, eu jogava futebol com ele, para ganhar a sua confiança, ele me relatou que é torcedor do Fluminense, me dizendo o nome de alguns jogadores e a sua função no time e me relatando fatos ocorridos nas partidas oficiais.
- No período da Copa do Mundo utilizei um painel da escola que apresentava as bandeiras e o nome dos países participantes para iniciarmos nossa fase de reconhecimento das letras e ao final dos jogos ele já reconhecia e lia o nome dos países.
- Ensinei-o a alimentar-se com a colher e ainda estou tentando fazê-lo entender que deve mastigar os alimentos e comer devagar.
- Ensinei-o a escovar os dentes (foto) e a lavar as mãos antes e após as refeições, mas só realiza quando eu o acompanho e já perdeu a escova de dentes que lhe dei.
- Comecei a trabalhar no sistema de recompensa, por exemplo: só jogar futebol após realizar as tarefas propostas.
- Por ter um comportamento inconstante, e não conseguir ficar muito tempo sentado em sala de aula comecei a trabalhar as letras do alfabeto e os numerais na sala de recursos, até que ele começasse a ter mais controle, concentração e atenção e assim não "atrapalhasse" o andamento natural da aula ministrada pela professora regente.
- Após esta fase mais crítica, comecei a aumentar a permanência dele na sala de aula, para que o mesmo fizesse as mesmas atividades que os colegas de turma, auxiliando-o naquelas atividades nas quais ele não possui autonomia, mas tendo que contê-lo algumas vezes, quando queria ficar transitando pela sala e falando junto com a professora regente ou de artes ou de francês.
- Quando percebo dificuldades na execução das atividades propostas pela professora regente, vou para sala de recursos e lá realizamos atividades adaptadas por mim, mas buscando não diferenciar muito da atividade que está sendo ministrada na sala de aula regular.
- Como o aluno gosta de fazer as atividades em pé, solicitei um quadro para a sala de recursos, (foi providenciado pela professora da SR), no qual fazemos diversas atividades e ele pode levantar sem tirar a atenção de outros alunos, ler e escrever, pois o mesmo gosta de fazer inversões de papéis e por algumas vezes, ele foi o "professor" e eu sua "aluna", (Percebi certa dificuldade na leitura de longe, talvez seja necessário um exame de vista).
- Por algumas vezes, fomos a sala de aula da Educação Infantil (Professora )  a pedido dele, para que o mesmo pudesse contar histórias para os colegas menores. (foto)
- Quando a atividade é de pintura, o aluno se dispersa, e apenas faz rabiscos com giz de cera, geralmente olhando para o alto ou qualquer outro objeto de sua atenção. Não tem foco na pintura, mas melhorou na execução de desenho de forma humana. (no início do ano letivo, não realizava). (fotos)
- Gosta de jogo de damas  e ficou concentrado jogando com a professora de educação física. (foto)
- Na SR, ele produz "prédios" e "taças" com Lego, o que auxilia na noção de equilíbrio (foto), levei um pegador de macarrão e uma bolinha pequena de fisioterapia manual, para melhorar sua coordenação motora e com a repetição dos movimentos ele já consegue utilizar o mouse do computador com mais autonomia, mas sempre com supervisão, e já digita lentamente e com a vista próxima ao teclado. Seria interessante um encaminhamento para um oftalmologista.
- Aprendeu a tabuada de multiplicação por 2 e está se esforçando para memorizar a de 3.





Exercícios de Francês

Recorte e colagem das letras do alfabeto 1

Recorte e colagem das letras do alfabeto 2

Exercício de sílabas

Atividade visomotora