quarta-feira, 16 de maio de 2012

ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO: 1-JORNAL IMPRESSO

Origem e Evolução dos principais Meios de Comunicação:
      A Importância da Tecnologia na Educação: 
Jornal Impresso

INTRODUÇÃO:

Neste trabalho de pesquisa, vamos apresentar a utilização e aproveitamento das mídias no processo de ensino/aprendizagem, neste caso, o jornal impresso.
Iniciamos com um breve histórico sobre os diversos tipos de mídias (computador, televisão, rádio, jornal impresso entre outros), apresentando a sua evolução no Brasil.
Do jornal impresso, que é o nosso foco, contamos sobre a sua origem no mundo, a revolução dos meios de comunicação após criação da prensa por Gutemberg, que popularizou as informações, antes tão precárias; as outras mídias que vieram para diminuir a importância do jornal e o seu renascimento através do webjornalismo.
As escolas, como não poderiam ficar para trás, introduziram no seu processo pedagógico as mídias para auxiliar a metodologia de ensino e acompanhar a evolução dos meios de comunicação. As informações mudam rapidamente e a escola pode e deve participar ativamente dessa nova era tecnológica.
Por ser um meio de fácil acesso e de baixo custo, sendo capaz de atingir todas as classes sociais, as mídias podem diminuir as desigualdades provocadas por essas diferenças.

OBJETIVOS:

Cabe ao professor, se atualizar, desenvolver e reformular a sua postura reconhecendo que ele faz parte deste processo de transformação e também deve estar em constante aprendizado.
Cabe ao aluno, identificar, aplicar e criar novos meios para facilitar sua própria aprendizagem e participar ativamente dessa evolução, se preparando para o mundo e suas novas exigências para o fortalecimento do cidadão do futuro.

A Importância da Tecnologia na Educação:
 Jornal Impresso e Webjornalismo

 A mídia compreende um conjunto de meios tem a função de transmitir informação, opinião, entretenimento, publicidade e propaganda voltados para a produção e difusão de informações para diversos tipos público. Esses veículos podem ser: impressos (revistas, boletins, jornais, cartazes, folhetos, etc), audiovisuais (outdoors, televisão em canais abertos e em diversas modalidades pagas, filmes, vídeo, rádio etc), mídia computadorizada on line e mídia interativa via computador, dentre outros.
 A presença das mídias na educação brasileira surgiu na década de 30, durante o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que afirmava: “a escola deve utilizar, em seu proveito, com a maior amplitude possível, todos os recursos formidáveis, como a imprensa, o disco, o cinema e o rádio”. Buckingham (2003).
           
           Na história brasileira, a mídia se divide em quatro etapas: 
           Anos 30, quando tratar a mídia na educação “era encontrar formas de inocular as pessoas contra os efeitos nocivos dessa esfera da cultura”.
·                         Anos 60, popularização dos estudos culturais, que propunham a escola criar condições para o aluno refletir sobre o modo como as pessoas convivem com as mídias (“desmistificação”);
·                     Anos 80, o estudo das mídias passou a ser incluído formalmente na educação escolar, através da sua inclusão em outras áreas do currículo;
·              Época atual, que trabalha a partir da perspectiva dos estudos culturais, adaptados às inovações tecnológicas. Agora, os educadores se preocupam em preparar seus alunos, de modo consciente para usufruírem desses benefícios.

            Na sociedade do conhecimento e da comunicação de massa em que vivemos, a mídia tornou-se um instrumento indispensável do processo educativo.
Os órgãos de comunicação social podem e devem contribuir nos processos pedagógicos, por meio da difusão de conteúdos complementando a educação formal e não-formal, pois, os veículos de comunicação são capazes de atingir praticamente todos os segmentos sociais. Nesse sentido, seu potencial é de grande importância para a educação, seja por suas características de integração e também pela sua capacidade de atingir um grande número de pessoas.
 A mídia é reconhecida como um patrimônio social e as novas tecnologias utilizadas na área da comunicação e informação devem ter um papel cada vez mais relevante no processo de educação. “tornar-se uma participante ativo na vida pública necessariamente envolve o uso das mídias modernas”. Buckingham (2003, p.5)
Como as escolas são instituições formadoras de crianças e jovens, atualmente elas abrem espaço para as mídias, considerando sua importância na formação da identidade dos alunos influenciando no comportamento e nas atitudes dos mesmos.
As instituições públicas têm implantado programas educacionais por meio de projetos pedagógicos, elaborados coletivamente, que favorecem a interdisciplinaridade, integrando conteúdos em torno de temas geradores, que se tornaram facilitadores para a aprendizagem.
Os professores utilizam diferentes recursos da mídia, entre eles: livros de literatura Infantil e Juvenil, vídeos, CD-rooms, computador - neste caso, no laboratório de Informática - e também mídias impressas, como jornais e revistas.
As atividades são ligadas aos projetos desenvolvidos e buscam realizar ações integradas aos conteúdos de ensino ministrados na sala de aula, tendo em vista o desenvolvimento dos processos interdisciplinares. O “Multiculturalismo” evidencia-se nos aspectos favoráveis à integração de conteúdos entre as disciplinas.

Aspectos positivos:
·         o interesse despertado pelas mídias no processo de ensino/aprendizagem;
·         a importância na dinâmica das ações do professor;
·         o computador, jornais, revistas, entre outros, complementando o trabalho pedagógico;
·         os projetos são desenvolvidos com possibilidade de integração de conteúdos;
·         a importância e interesse dos alunos atribuído à mídia digital;
·         o computador como fator favorável para a aprendizagem;
·         a diversidade de freqüência à sala de Informática das escolas;
·         o valor e facilidade atribuídos à pesquisa na mídia digital;
·         a articulação das atividades da sala de leitura com a sala de aula.

Aspectos negativos:
·         a insuficiência de recursos midiáticos;
·         a freqüência descontínua à sala de Informática;
·         a insuficiência de softwares adequados aos projetos em desenvolvimento.

“Considerando os referenciais teóricos adotados pode-se destacar que progressivamente acentua-se a preocupação com a formação das crianças e jovens frente à influência avassaladora das mídias” (BELLONI, 2001) e “a necessidade de articulação dos vetores ligados às políticas, às ações administrativas e às questões curriculares e pedagógicas”. (ALARCÃO, 2001).



JORNAL:
Origem e evolução no mundo e na educação

Não se sabe ao certo a origem exata e nem qual foi o primeiro jornal do mundo, mas alguns historiadores atribuem ao Imperador Romano Júlio César esta invenção, pois o mesmo criou no ano de 59 A.C, a chamada Acta Diurna, o primeiro jornal de que se tem notícia e os primeiros profissionais de jornalismo eram chamados Correspondentes Imperiais.
Como não existiam tecnologias de impressão no Império Romano e nem mesmo papel em quantidade suficiente, a fabricação de papel, usando a tecnologia da época era muito cara.
Durante a Idade Média, os jornais tiveram o seu maior salto tecnológico através da invenção da prensa de papel pelo Alemão Johannes Gutenberg, que possibilitou que o trabalho que antes era feito manualmente pudesse ser feito por máquinas, tornando a publicação de livros e jornais mais rápida e barata.
A prensa de papel, construída com base na tecnologia dos tipos (letras) móveis, permitiu que Gutenberg criasse uma nova indústria, fazendo uma revolução tão grande, que alguns autores afirmam que a prensa de papel de Gutemberg tirou o mundo da Idade Média, levando o mundo para a Era da Renascença, com o despertar do jornalismo e da ciência.
            À medida que a tecnologia da prensa de papel de Gutemberg ia sendo disseminada e copiada por seus concorrentes, no início do século XVII a publicação de livros e jornais se tornou cada vez mais popular.

CURIOSIDADE:
“A Bíblia de Gutemberg, considerada por muitos a obra prima do inventor Alemão, foi o primeiro livro a ser produzido, lançado e vendido com a tecnologia da prensa mecânica de papel e começou a ser produzido em 1450 e foi finalizado em 1455, e apesar de terem mais de 550 anos de idade, algumas pessoas, instituições e museus ainda têm cópias originais da Bíblia de Gutemberg!
Exemplares dessa obra podem ser encontrados na Biblioteca do Congresso em Washington, na Universidade Keio em Tokyo e também na casa do empresário Americano Bill Gates, que comprou um exemplar deste tesouro histórico em um leilão.”

No século XX, os jornais atingiram o auge do seu prestígio e popularidade, e o período entre 1890 e 1920 ficou conhecido como Era De Ouro dos Jornais.
O jornalismo tradicional começa a decair a partir de 1920 com a chegada do rádio, mas reagem e adotam medidas para se tornarem mais modernos e populares: adotando a publicação em larga escala com fotos grandes e coloridas (anteriormente eram em preto e branco), passam a usar em seus artigos uma linguagem mais popular e também criam novas sessões dando mais espaço aos esportes e ao humor.
A modernização permitiu que o jornal tradicional chegasse aos dias de hoje.
A partir de 1950 a TV se tornou o principal canal de mídia do mundo, posição que por sinal ocupa até hoje.
Na década de 80, com o surgimento e popularização dos computadores e da Internet, “o jornalismo clássico se reinventa e surge o chamado Web jornalismo”, que tem como principais características a agilidade da linguagem, a velocidade de atualização e o baixo custo de produção, sendo hoje, a Internet, a mídia que mais cresce no mundo.


Evolução do Jornalismo Impresso Através dos Tempos


 Não podemos nos esquecer que a “escrita” é uma das tecnologias de comunicação mais importantes para o nosso progresso e para o desenvolvimento do conceito de comunicação de massa.
Analisando o papel educativo dos meios de comunicação, verificamos que o jornal, é a mais tradicional e importante tecnologia de comunicação descoberta pelo homem.
No início, o jornal não tinha nenhum papel educativo, ele apenas transmitia informações, mas, aos poucos, os meios impressos de comunicação, passaram a ocupar um lugar relevante na educação, estimulando os professores a utilizarem essa mídia como material de apoio didático-pedagógico em todas as disciplinas possíveis.
Algumas empresas jornalísticas possuem em seu quadro de funcionários, um especialista em educação (Pedagogo) que dá consultoria e pode auxiliar os professores, atuando como fonte de consulta atualizada e também como uma forma de aproximar os alunos da realidade formando os leitores do futuro.
Após a leitura de jornais e revistas pelos alunos, a práxis pedagógica deve ser capaz de provocar a discussão e o debate sobre o assunto, levando-os a compreender a importância do jornal enquanto instrumento de informação, de comunicação, de conhecimento e de educação.
Qualquer iniciativa que venha a incentivar a participação do indivíduo quer na sala de aula, quer na sociedade, deve ser estimulada. A implantação desses projetos de uso das novas tecnologias deve ser acompanhada de um estudo que possa torná-los viáveis.
A escola dos dias de hoje, não serve apenas para transmitir conhecimentos, ela deve difundir as novas tecnologias, permitindo que seus alunos possam participar da concorrência de mercado de trabalho em igualdade de condições.

 PRODUÇÃO DE JORNAIS NA ESCOLA

Algumas escolas, além de utilizarem o jornal em sala de aula, estimulam os seus alunos a produzirem o seu próprio jornal.
Para tanto é necessário um projeto de pesquisa elaborado por eles mesmos, onde os alunos buscam informações, fazem tirinhas, anunciam os eventos internos e externos e as notícias de interesse da comunidade escolar, (alunos, professores, pais, gestores, coordenação) e comunidade externa (vizinhança).
Os próprios alunos fazem a redação, a edição e a produção.
Geralmente o estímulo parte de um professor mais engajado com as mídias atuais e que servirá de consultor, mediador e facilitador.
                                           
                                                 
CONCLUSÃO:

Diante do quadro atual em que vivemos, onde as notícias correm em poucos segundos e o que parecia novo se torna obsoleto em pouco tempo, todos nós, cidadãos atuantes na sociedade, independentemente do papel que estejamos exercendo, isto é, seja como professores, alunos, pais, ou profissionais de qualquer área, temos que nos atualizar sempre, para acompanharmos esse processo de profundas, constantes e imediatas transformações tecnológicas.


Referências bibliográficas:

BALL-ROKEACH, Sandra, DeFLEUR, Melvin L. Teorias da comunicação de massa. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
BODERNAVE, Juan Diaz. Além dos meios e mensagens. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 1987
MARCONDES FILHO, Ciro. Quem manipula quem? Poder e massas na indústria da cultura e da comunicação no Brasil. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
WITKOWSKI, Nicolas (coordenador). Ciência e tecnologia hoje. São Paulo: Ensaio/Unicamp 1995.
Revista Nova Escola