Origem e Evolução dos principais Meios de
Comunicação:
A
Importância da Tecnologia na Educação:
Jornal Impresso
INTRODUÇÃO:
Neste
trabalho de pesquisa, vamos apresentar a utilização e aproveitamento das mídias
no processo de ensino/aprendizagem, neste caso, o jornal impresso.
Iniciamos
com um breve histórico sobre os diversos tipos de mídias (computador,
televisão, rádio, jornal impresso entre outros), apresentando a sua evolução no
Brasil.
Do jornal
impresso, que é o nosso foco, contamos sobre a sua origem no mundo, a revolução
dos meios de comunicação após criação da prensa por Gutemberg, que popularizou as informações,
antes tão precárias; as outras mídias que vieram para diminuir a importância do
jornal e o seu renascimento através do webjornalismo.
As escolas, como não poderiam
ficar para trás, introduziram no seu processo pedagógico as mídias para
auxiliar a metodologia de ensino e acompanhar a evolução dos meios de
comunicação. As informações mudam rapidamente e a escola pode e deve participar
ativamente dessa nova era tecnológica.
Por ser um meio de fácil acesso e
de baixo custo, sendo capaz de atingir todas as classes sociais, as mídias
podem diminuir as desigualdades provocadas por essas diferenças.
OBJETIVOS:
Cabe ao professor, se atualizar,
desenvolver e reformular a sua postura reconhecendo que ele faz parte deste
processo de transformação e também deve estar em constante aprendizado.
Cabe ao aluno, identificar,
aplicar e criar novos meios para facilitar sua própria aprendizagem e
participar ativamente dessa evolução, se preparando para o mundo e suas novas
exigências para o fortalecimento do cidadão do futuro.
A Importância da Tecnologia na Educação:
Jornal
Impresso e Webjornalismo
A mídia
compreende um conjunto de meios tem a função de transmitir informação, opinião,
entretenimento, publicidade e propaganda voltados para a produção e difusão de
informações para diversos tipos público. Esses veículos podem ser: impressos
(revistas, boletins, jornais, cartazes, folhetos, etc), audiovisuais (outdoors,
televisão em canais abertos e em diversas modalidades pagas, filmes, vídeo,
rádio etc), mídia computadorizada on line e mídia interativa via
computador, dentre outros.
A presença das mídias na educação brasileira surgiu na década de 30,
durante o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que afirmava: “a escola deve utilizar, em seu proveito,
com a maior amplitude possível, todos os recursos formidáveis, como a imprensa,
o disco, o cinema e o rádio”. Buckingham (2003).
Na história brasileira, a mídia se
divide em quatro etapas:
Anos 30, quando tratar a mídia na educação “era
encontrar formas de inocular as pessoas contra os efeitos nocivos dessa esfera da
cultura”.
· Anos 60, popularização dos estudos culturais, que propunham a escola criar
condições para o aluno refletir sobre o modo como as pessoas convivem com as
mídias (“desmistificação”);
· Anos 80, o estudo das mídias passou a ser incluído formalmente na educação
escolar, através da sua inclusão em outras áreas do currículo;
· Época atual, que trabalha a partir da perspectiva dos estudos culturais, adaptados
às inovações tecnológicas. Agora, os educadores se preocupam em preparar seus
alunos, de modo consciente para usufruírem desses benefícios.
Na
sociedade do conhecimento e da comunicação de massa em que vivemos, a mídia
tornou-se um instrumento indispensável do processo educativo.
Os órgãos
de comunicação social podem e devem contribuir nos processos pedagógicos, por
meio da difusão de conteúdos complementando a educação formal e não-formal,
pois, os veículos de comunicação são capazes de atingir praticamente todos os
segmentos sociais. Nesse sentido, seu potencial é de grande importância para a
educação, seja por suas características de integração e também pela sua capacidade
de atingir um grande número de pessoas.
A mídia é reconhecida como um patrimônio
social e as novas tecnologias utilizadas na área da comunicação e informação
devem ter um papel cada vez mais relevante no processo de educação. “tornar-se uma
participante ativo na vida pública necessariamente envolve o uso das mídias
modernas”. Buckingham (2003, p.5)
Como as escolas são instituições formadoras de
crianças e jovens, atualmente elas abrem espaço para as mídias, considerando
sua importância na formação da identidade dos alunos influenciando no
comportamento e nas atitudes dos mesmos.
As instituições públicas têm implantado programas educacionais por meio
de projetos pedagógicos, elaborados coletivamente, que favorecem a
interdisciplinaridade, integrando conteúdos em torno de temas geradores, que se
tornaram facilitadores para a aprendizagem.
Os professores utilizam diferentes recursos da mídia, entre eles: livros
de literatura Infantil e Juvenil, vídeos, CD-rooms, computador - neste caso, no
laboratório de Informática - e também mídias impressas, como jornais e
revistas.
As atividades são ligadas aos projetos
desenvolvidos e buscam realizar ações integradas aos conteúdos de ensino
ministrados na sala de aula, tendo em vista o desenvolvimento dos processos
interdisciplinares. O “Multiculturalismo” evidencia-se nos aspectos favoráveis
à integração de conteúdos entre as disciplinas.
Aspectos positivos:
·
o interesse despertado pelas mídias no
processo de ensino/aprendizagem;
·
a importância na dinâmica das ações do
professor;
·
o computador, jornais, revistas, entre
outros, complementando o trabalho pedagógico;
·
os projetos são desenvolvidos com
possibilidade de integração de conteúdos;
·
a importância e interesse dos alunos
atribuído à mídia digital;
·
o computador como fator favorável para
a aprendizagem;
·
a diversidade de freqüência à sala de
Informática das escolas;
·
o valor e facilidade atribuídos à
pesquisa na mídia digital;
·
a articulação das atividades da sala de
leitura com a sala de aula.
Aspectos negativos:
·
a insuficiência de recursos midiáticos;
·
a freqüência descontínua à sala de
Informática;
·
a insuficiência de softwares adequados
aos projetos em desenvolvimento.
“Considerando os referenciais teóricos
adotados pode-se destacar que progressivamente acentua-se a preocupação com a
formação das crianças e jovens frente à influência avassaladora das mídias”
(BELLONI, 2001) e “a necessidade de articulação dos vetores ligados às
políticas, às ações administrativas e às questões curriculares e pedagógicas”.
(ALARCÃO, 2001).
JORNAL:
Origem e evolução no mundo e na educação
Não se sabe ao certo a origem exata e
nem qual foi o primeiro jornal do mundo, mas alguns historiadores atribuem ao
Imperador Romano Júlio César esta invenção, pois o mesmo criou no ano de 59
A.C, a chamada Acta
Diurna, o primeiro jornal de que se tem notícia e os primeiros
profissionais de jornalismo eram chamados Correspondentes Imperiais.
Como não existiam tecnologias de
impressão no Império Romano e nem mesmo papel em quantidade suficiente, a
fabricação de papel, usando a tecnologia da época era muito cara.
Durante a Idade Média, os jornais
tiveram o seu maior salto tecnológico através da invenção da prensa de papel
pelo Alemão Johannes
Gutenberg, que possibilitou que o
trabalho que antes era feito manualmente pudesse ser feito por máquinas, tornando
a publicação de livros e jornais mais rápida e barata.
A prensa de papel, construída com base
na tecnologia dos tipos (letras) móveis, permitiu que Gutenberg criasse uma
nova indústria, fazendo uma revolução tão grande, que alguns autores afirmam
que a prensa de papel de Gutemberg tirou o mundo da Idade Média, levando o
mundo para a Era da Renascença, com o despertar do jornalismo e da ciência.
À medida que a tecnologia da prensa de
papel de Gutemberg ia sendo disseminada e copiada por seus concorrentes, no
início do século XVII a publicação de livros e jornais se tornou cada vez mais
popular.
CURIOSIDADE:
“A Bíblia de
Gutemberg, considerada por muitos a obra prima do inventor
Alemão, foi o primeiro livro a ser produzido, lançado e vendido com a
tecnologia da prensa mecânica de papel e começou a ser produzido em 1450 e foi
finalizado em 1455, e apesar de terem mais de 550 anos de idade, algumas
pessoas, instituições e museus ainda têm cópias originais da Bíblia de
Gutemberg!
Exemplares dessa
obra podem ser encontrados na Biblioteca do Congresso em
Washington, na Universidade Keio em Tokyo e também na casa do
empresário Americano Bill Gates, que comprou um exemplar
deste tesouro histórico em um leilão.”
No século XX, os jornais atingiram o
auge do seu prestígio e popularidade, e o período entre 1890 e 1920 ficou
conhecido como Era De
Ouro dos Jornais.
O jornalismo tradicional começa a
decair a partir de 1920 com a chegada do rádio,
mas reagem e
adotam medidas para se tornarem mais modernos e populares: adotando a
publicação em larga escala com fotos grandes e coloridas (anteriormente eram em
preto e branco), passam a usar em seus artigos uma linguagem mais popular e
também criam novas sessões dando mais espaço aos esportes e ao humor.
A modernização permitiu que o jornal
tradicional chegasse aos dias de hoje.
A partir de 1950 a TV se tornou o principal canal de mídia
do mundo, posição que por sinal ocupa até hoje.
Na década de 80, com o surgimento e
popularização dos computadores e da Internet, “o jornalismo clássico se reinventa e surge o chamado Web
jornalismo”, que tem como principais características a agilidade da
linguagem, a velocidade de atualização e o baixo custo de produção, sendo hoje,
a Internet, a mídia que mais cresce no mundo.
Evolução do Jornalismo Impresso Através dos Tempos
Evolução do Jornalismo Impresso Através dos Tempos
Não podemos nos esquecer que a “escrita” é uma das tecnologias de comunicação mais
importantes para o nosso progresso e para o desenvolvimento do conceito de
comunicação de massa.
Analisando o papel educativo dos meios de comunicação, verificamos
que o jornal, é a mais tradicional e importante tecnologia de comunicação
descoberta pelo homem.
No início, o jornal não tinha nenhum papel educativo, ele apenas
transmitia informações, mas, aos poucos, os meios impressos de comunicação,
passaram a ocupar um lugar relevante na educação, estimulando os professores a
utilizarem essa mídia como material de apoio didático-pedagógico em todas as
disciplinas possíveis.
Algumas empresas jornalísticas possuem em seu quadro de
funcionários, um especialista em educação (Pedagogo) que dá consultoria e pode
auxiliar os professores, atuando como fonte de consulta atualizada e também
como uma forma de aproximar os alunos da realidade formando os leitores do
futuro.
Após a leitura de jornais e revistas pelos alunos, a práxis pedagógica deve ser capaz de provocar
a discussão e o debate sobre o assunto, levando-os a compreender a importância
do jornal enquanto instrumento de informação, de comunicação, de conhecimento e
de educação.
Qualquer iniciativa que venha a incentivar a participação do indivíduo
quer na sala de aula, quer na sociedade, deve ser estimulada. A implantação
desses projetos de uso das novas tecnologias deve ser acompanhada de um estudo
que possa torná-los viáveis.
A escola dos dias de hoje, não serve apenas para transmitir conhecimentos,
ela deve difundir as novas tecnologias, permitindo que seus alunos possam
participar da concorrência de mercado de trabalho em igualdade de condições.
PRODUÇÃO DE
JORNAIS NA ESCOLA
Algumas escolas, além de utilizarem o jornal
em sala de aula, estimulam os seus alunos a produzirem o seu próprio jornal.
Para tanto é necessário um projeto de pesquisa
elaborado por eles mesmos, onde os alunos buscam informações, fazem tirinhas,
anunciam os eventos internos e externos e as notícias de interesse da
comunidade escolar, (alunos, professores, pais, gestores, coordenação) e
comunidade externa (vizinhança).
Os próprios alunos fazem a redação, a edição e
a produção.
Geralmente o estímulo parte de um professor
mais engajado com as mídias atuais e que servirá de consultor, mediador e
facilitador.
CONCLUSÃO:
Diante do quadro atual em
que vivemos, onde as notícias correm em poucos segundos e o que parecia novo se
torna obsoleto em pouco tempo, todos nós, cidadãos atuantes na sociedade,
independentemente do papel que estejamos exercendo, isto é, seja como
professores, alunos, pais, ou profissionais de qualquer área, temos que nos
atualizar sempre, para acompanharmos esse processo de profundas, constantes e
imediatas transformações tecnológicas.
Referências bibliográficas:
BALL-ROKEACH, Sandra, DeFLEUR, Melvin L. Teorias da comunicação de massa.
Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
BODERNAVE, Juan Diaz. Além
dos meios e mensagens. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 1987
MARCONDES FILHO, Ciro. Quem
manipula quem? Poder e massas na indústria da cultura e da comunicação no
Brasil. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
WITKOWSKI, Nicolas (coordenador). Ciência e tecnologia hoje.
São Paulo: Ensaio/Unicamp 1995.
Revista
Nova Escola
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