segunda-feira, 4 de junho de 2012

Histórias Infantis: Origem e Adaptação

Literatura Infantil
 A literatura infantil é uma fonte para trabalhar valores éticos, como respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade. Pode-se trabalhar também, a questão da discriminação, da perseverança e da diferença entre os gêneros e a questão das aparências, como diz um velho ditado: “As aparências enganam”. Isto porque trazem no seu conteúdo lições para a vida são de grande valor na formação do caráter.
A criança pode despertar o gosto pela leitura por curiosidade ou exemplo. Os pais deveriam ler mais para os filhos e para si próprios. De acordo com a UNESCO (2005) somente 14% da população tem o hábito de ler, e sendo a sociedade brasileira não leitora, cabe a escola desenvolver na criança o hábito de ler por prazer, não por obrigação.
Os primeiros livros direcionados ao público infantil surgiram no século XVIII, através de autores como La Fontaine e Charles Perrault que escreviam suas obras, enfocando principalmente os contos de fadas. De lá pra cá muitos autores foram surgindo, como Hans Christian Andersen, os irmãos Grimm e Monteiro Lobato, imortalizados por suas obras.
A literatura infantil era tida como mercadoria, principalmente para a sociedade aristocrática.

Com o passar do tempo, a sociedade cresceu e modernizou-se por meio da industrialização, expandindo assim, a produção de livros estreitando os laços entre a escola e a literatura, pois para adquirir livros era preciso que as crianças dominassem a língua escrita e cabia a escola desenvolver esta capacidade.
De acordo com Lajolo & Zilbermann, “a escola passa a habilitar as crianças para o consumo das obras impressas, servindo como intermediária entre a criança e a sociedade de consumo”. (2002, p.25)
Surge outro enfoque relevante para a literatura infantil, que se tratava na verdade de uma literatura produzida para adultos e aproveitada para a criança. Seu aspecto didático-pedagógico baseava-se numa linha moralista, paternalista, centrada numa representação de poder e servia apenas para estimular a obediência, era uma literatura intencional, com a premiação do bom e o castigo do que era considerado mau. 
Nas duas primeiras décadas do século XX, as obras apresentavam um caráter ético-didático, cuja finalidade única era educar, apresentar modelos e moldar a criança de acordo com as expectativas dos adultos. A leitura não era fonte de prazer, retratando a aventura pela aventura. Havia poucas histórias lúdicas, ou que faziam pequenas viagens em torno do cotidiano, do companheirismo, no amigo da vizinhança, da escola, etc.
Hoje, a literatura infantil se tornou mais ampla e importante, proporcionando à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo, dando-lhes a possibilidade de adquirir conhecimento na interlocução, evoluindo para o confronto e para a contrariedade.
Assim, a linguagem segundo Bakthin (1992) é constitutiva, isto é, “o sujeito constrói o seu pensamento, a partir do pensamento do outro, portanto, uma linguagem dialógica”.

Objetivos:
- Fazer uma reflexão e discussão sobre os valores éticos;  
- estimular o diálogo e a análise critica;
- desenvolver a audição (ouvir o outro);
- refletir sobre as situações vividas pelos personagens;
- relacionar as vivências familiares com as apresentadas;
- debater sobre as atitudes e dos personagens;  
- comparar com as próprias vivências do dia-a-dia; 
- trabalhar as conseqüências das mentiras.
Toda mentira inventada pode acarretar em coisas boas e ruins, então, o professor junto com as crianças, deve distinguir o certo do errado, e questionar tudo o que sabe e aprende sobre o verdadeiro significado da fraternidade.
"Histórias como Cinderela e A bela adormecida, que tem como tema central a inveja, mostram claramente  que a falta de respeito mútuo pode causar na vida das pessoas, de um lado, a vida repleta de felicidade, pessoas que se respeitam e que amam tudo a sua volta; e de outro lado, a inveja, o desejo de querer o que é do outro".
Pontos para reflexão e debate na sala de aula após leitura dramatizada ou não da história infantil:
1- Como vocês agiriam se isso acontecesse com vocês? Por quê?   
2- As personagens tiveram essas atitudes por quê?

ADAPTAÇÃO DA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS

(Baseada na ideia original apresentada no blog Pequeno Príncipe)
O três porquinhos viviam felizes na casa de sua mãe, mas um dia resolveram que queriam morar sozinhos, então cada um resolver construir sua própria casa com material reciclável.
O primeiro construiu sua casa de papelão, o segundo construiu sua casa de alumínio, e o terceiro utilizou garrafas pet em sua obra.
O lobo mau, conseguiu destruir as duas primeiras casas com apenas um sopro, mas a casa feita de garrafas pet, que leva um tempo enorme para se deteriorar no meio ambiente, permaneceu de pé.
O lobo assoprou, assoprou, assoprou até perder o fôlego, então teve que fugir do cachorro que vigiava a casa do porquinho e que correu atrás do lobo até a entrada da floresta.
Após este dia o lobo mau nunca mais foi visto nas redondezas e os três porquinhos viveram felizes para sempre trabalhando com material reciclável.

Fundaram a Empresa Amigos da Natureza e auxiliam outras "pessoas" a reaproveitarem materiais para confecção de artesanato, para a construção de casa feitas com garrafas PET, empregam muitas pessoas e não poluem o meio ambiente.
Referências:
www.pequenopríncipe.blogspot.com.br

Um comentário:

Fatima Vieira Martins Pedagogia e Música disse...

Uma maneira diferente de recontar histórias infanto-juvenis consagradas.