Literatura Infantil
A criança pode
despertar o gosto pela leitura por curiosidade ou exemplo. Os pais deveriam ler
mais para os filhos e para si próprios. De acordo com a UNESCO (2005) somente
14% da população tem o hábito de ler, e sendo a sociedade brasileira não
leitora, cabe a escola desenvolver na criança o hábito de ler por prazer, não
por obrigação.
Os primeiros livros direcionados
ao público infantil surgiram no século XVIII, através de autores como La
Fontaine e Charles Perrault que escreviam suas obras, enfocando principalmente
os contos de fadas. De lá pra cá muitos autores foram surgindo, como Hans Christian
Andersen, os irmãos Grimm e Monteiro Lobato, imortalizados por suas obras.
A literatura infantil era tida
como mercadoria, principalmente para a sociedade aristocrática.
Com o passar do
tempo, a sociedade cresceu e modernizou-se por meio da industrialização,
expandindo assim, a produção de livros estreitando os laços entre a escola e a literatura,
pois para adquirir livros era preciso que as crianças dominassem a língua
escrita e cabia a escola desenvolver esta capacidade.
De acordo com Lajolo & Zilbermann,
“a escola passa a habilitar as crianças
para o consumo das obras impressas, servindo como intermediária entre a criança
e a sociedade de consumo”. (2002, p.25)
Surge outro enfoque relevante
para a literatura infantil, que se tratava na verdade de uma literatura
produzida para adultos e aproveitada para a criança. Seu aspecto
didático-pedagógico baseava-se numa linha moralista, paternalista, centrada
numa representação de poder e servia apenas para estimular a obediência, era uma
literatura intencional, com a premiação do bom e o castigo do que era
considerado mau.
Nas duas primeiras décadas do
século XX, as obras apresentavam um caráter ético-didático, cuja finalidade
única era educar, apresentar modelos e moldar a criança de acordo com as expectativas
dos adultos. A leitura não era fonte de prazer, retratando a aventura pela
aventura. Havia poucas histórias lúdicas, ou que faziam pequenas viagens em
torno do cotidiano, do companheirismo, no amigo da vizinhança, da escola, etc.
Hoje, a literatura infantil se
tornou mais ampla e importante, proporcionando à criança um desenvolvimento
emocional, social e cognitivo, dando-lhes a possibilidade de adquirir conhecimento
na interlocução, evoluindo para o confronto e para a contrariedade.
Assim, a linguagem
segundo Bakthin (1992) é constitutiva, isto é, “o sujeito constrói o seu pensamento, a partir do pensamento do outro,
portanto, uma linguagem dialógica”.
Objetivos:
- Fazer uma reflexão e discussão sobre os
valores éticos;
- estimular o diálogo e a análise critica;
- desenvolver a audição (ouvir o outro);
- refletir sobre as situações vividas pelos
personagens;
- relacionar as vivências familiares com as
apresentadas;
- debater sobre as atitudes e dos
personagens;
- comparar com as próprias vivências do
dia-a-dia;
- trabalhar as conseqüências das mentiras.
Toda mentira inventada pode acarretar em
coisas boas e ruins, então, o professor junto com as crianças, deve distinguir
o certo do errado, e questionar tudo o que sabe e aprende sobre o verdadeiro
significado da fraternidade.
"Histórias como Cinderela e A bela adormecida,
que tem como tema central a inveja, mostram claramente que a falta de
respeito mútuo pode causar na vida das pessoas, de um lado, a vida repleta de
felicidade, pessoas que se respeitam e que amam tudo a sua volta; e de outro
lado, a inveja, o desejo de querer o que é do
outro".
Pontos para reflexão e debate na sala de
aula após leitura dramatizada ou não da história infantil:
1- Como vocês agiriam
se isso acontecesse com vocês? Por quê?
2- As personagens tiveram essas atitudes por quê?
ADAPTAÇÃO
DA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS
(Baseada na ideia original apresentada no blog Pequeno Príncipe)
O três porquinhos viviam felizes na casa de
sua mãe, mas um dia resolveram que queriam morar sozinhos, então cada um
resolver construir sua própria casa com material reciclável.
O primeiro construiu sua casa de papelão, o
segundo construiu sua casa de alumínio, e o terceiro utilizou garrafas pet em
sua obra.
O lobo mau, conseguiu destruir as duas
primeiras casas com apenas um sopro, mas a casa feita de garrafas pet, que leva
um tempo enorme para se deteriorar no meio ambiente, permaneceu de pé.
O lobo assoprou, assoprou, assoprou até
perder o fôlego, então teve que fugir do cachorro que vigiava a casa do porquinho
e que correu atrás do lobo até a entrada da floresta.
Após este dia o lobo mau nunca mais foi visto
nas redondezas e os três porquinhos viveram felizes para sempre trabalhando com
material reciclável.
Fundaram a Empresa Amigos da Natureza e auxiliam outras "pessoas" a reaproveitarem materiais para confecção de artesanato, para a construção de casa feitas com garrafas PET, empregam muitas pessoas e não poluem o meio ambiente.
Referências:
Um comentário:
Uma maneira diferente de recontar histórias infanto-juvenis consagradas.
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